ENTRE BARES, BECOS E BOMBAS

Por Ubirajara Passos

Código do livro: 248924

Categorias

Ficção, Ficção e Romance, Humor, Erótico, Fantasmas, Romance

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Sinopse

No outono de 2014, às vésperas da Copa do Mundo, um militante de esquerda, boêmio e revolucionário, sofre um atropelamento e morre, deixando uma misteriosa maleta junto ao viaduto Otávio Rocha, no centro da cidade, transformando-se em um fantasma.

A partir daí desenvolvem-se as aventuras do protagonista, das forças políticas do governo e oposição, e de seus antigos parceiros de política e boêmia, na tentativa de esclarecimento dos fatos, e seus desdobramentos neste e no outro mundo.

Com muito humor, e uma certa nostalgia, este livro nos leva ao universo alternativo dos revolucionários de boteco na noite da capital gaúcha, explorando o imaginário político dos tempos pós-marchas de protesto de 2013.

Características

Número de páginas 128
Edição 1 (2018)
Formato A5 (148x210)
Acabamento Brochura c/ orelha
Coloração Preto e branco
Tipo de papel Offset 75g
Idioma Português

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Ubirajara Passos

.Ubirajara Passos nasceu em uma chuvosa segunda-feira de inverno, em 30 de agosto de 1965, às 11 horas da manhã, no hospital Dom João Becker, em Gravataí, então uma pequena cidade da Região Metropolitana de Porto Alegre que começava a industrializar-se (e hoje é a quinta maior do Rio Grande do Sul, sediando uma fábrica da General Motors), filho de migrantes oriundos da região rural de Fazenda Passos (então pertencente ao município vizinho de Santo Antônio da Patrulha e, desde 1988, a Rolante).

Seu pai, Almiro dos Passos, era professor primário desde 1960 (contratado na onda da expansão educacional do governo Leonel Brizola, e posteriormente nomeado como professor efetivo mediante concurso no início dos anos 1970) e sua mãe, Maria Adelina Passos, dona de casa pela vida toda. Sua única irmã, Dircelene Passos Silveira, 14 anos mais velha, seguiria também os passos pai, tornado-se professora, com contrato na Prefeitura de Gravataí (na gestão de Dorival Candido Luz de Oliveira, do MDB, primo em 1º grau de Almiro) e cargo concursado no Estado, nos anos 1970, e foi a partir de seus inéditos poemas de amor (descaradamente plagiados pelo irmão para ofertá-los como de lavra própria a sua primeira paixão, uma colega da 8º série do 1º grau), que Bira escreveu seus primeiros versos, nas férias de verão de 1981.

Em 17 de dezembro 1983 formou-se Técnico em Contabilidade na Escola Dom Feliciano (em que sua irmã concluíra o Curso Normal), estabelecendo-se, no inverno de 1984, com escritório

contábil, onde trabalhou sem muito sucesso, por quatro anos, prestando nos anos seguintes concurso para diversos cargos públicos no Estado e Município. Em 29 de agosto de 1988, às vésperas de completar 23 anos, assumiu como Oficial Escrevente no Foro de Gravataí, onde trabalha desde então (até 2013 na Contadoria Forense).

No início dos anos 1990 publicou três poemas em coletâneas do Instituto da Poesia Internacional, de Porto Alegre, e o poema Realidade e Sonho no jornal Lutar é Preciso, do Sindicato dos Servidores da Justiça do Estado do Rio Grande do Sul (Sindjus-RS), em que foi sucessivamente Representante de Local de Trabalho (1991 a 1994, 1997 a 2015), suplente do Conselho Deliberativo (1993 a 1994), 4º e 3º Vice-Presidente (1994 a 1997) e Coordenador do Núcleo Regional de Canoas (2004 a 2007) e a cuja Coordenação Geral (nas duas primeiras eleições) e à Secretaria de Imprensa concorreu, sem sucesso, pelo Movimento Indignação (corrente que lidera e de cujo blog, grupo30.canalblog.com é o principal redator) em 2010, 2013 e 2016

Envolto na atividade sindical e na elucubração política (brizolista desde os 14 anos, identificou-se e assumiu-se como um anarquista "filosófico" nos anos 1990), escreveria, no final dos anos 1990, os primeiros ensaios diletantes, desafiadores e bem humorados do inédito Sermões na Igreja de Satanás, que abarcam da política ao sexo e à psicologia.

Nessa época, solteirão na casa dos 30 anos, vivia intensamente a boemia, nos inferninhos do centro de Porto Alegre (da qual se afastaria, por absoluta incapacidade financeira, de 2001 a 2003, retomando-a de 2004 a 2007), ao mesmo tempo em que, rebelado contra o peleguismo sindical e os primeiros sinais de decomposição

da esquerda petista e pedetista, fazia sua pequena revolução no microcosmo, com a dissidência sindical que embalaria os anos seguintes (até 2001), junto a seu colega de trabalho (Distribuidor-Contador sucessivamente nos foros de São Francisco de Paula, regional do Sarandi – na capital – e de Giruá) e sindicalismo, e grande amigo (falecido em maio de 2014), Valdir Antônio Bergmann e Sílvio Parraga - trio que formava o “Grupo 30 de Novembro”, corrente de oposição do Sindjus cujas reuniões para elaboração dos panfletos se realizavam, com direito a muita cerveja e todas as conjecturas típicas da “revolução de bar”, na extinta churrascaria L'América, no prédio do Dab-Dab, próximo à praça XV, na capital, e posteriormente no Quiosque do Jorginho, na praça em frente ao hospital, em Gravataí. Mas não se restringia à “militância literária ou de buteco”, chegando a panfletar, denunciando um sindicalista pelego, na porta da festa de lançamento de sua candidatura a deputado estadual, em 1998, e a recepcionar uma direção sindical vinda de faustoso congresso de uma Federação pelega em hotel cinco estrelas em Copacabana, em um sonolento domingo no aeroporto velho de Porto Alegre, que se viu agitado, repentinamente, pelo trio que abordava, filmadora em punho, a caravana de sindicalistas oportunistas, em 1999.

No início de 2001, outra corrente sindical de oposição lhe arrebataria simpatizantes do 30 de Novembro, inclusive o militante Sílvio, e Bira e Valdir viveriam os próximos três anos longe da política sindical. Sua “militância” nesta época se restringiria às demoradas conversas, não apenas de cunho político, mas filosófico e existencial, no calçadão da cidade de Guaíba, às margens do lago de mesmo nome, às discussões de bar fim de semana afora e às tertúlias e leituras em voz alta de tudo quanto os inspirasse, de Richard Bach a Wilhelm Reich, no apartamento de Valdir no bairro Petrópolis, em Porto Alegre.

Com a chegada do sobrinho de Valdir, Rogério Seibt, de Santa Rosa, que se hospedou no apartamento para realizar o curso pré-vestibular, em abril de 2002, se constituiria, no Edifício Morumbi da Rua Amélia Telles, a lendária “República do Alemão Valdir” (que durou até janeiro de 2004, quando o alemão retornou a Santa Rosa), frequentada, entre outros, por Alexandre Vorpagel (o “Gordo Ale”), amigo e conterrâneo de Rogério, que cursava Radiologia na capital, e por Luiz Miranda Pedreira do Couto Ferraz (o “Baiano Luiz”), emigrado de Salvador, formado em Física e Filosofia e emérito boêmio, blogueiro e colecionador de falenas, que Valdir conhecera no Hotel Elevado, na Avenida Farrapos, quando viera morar em Porto Alegre, em 1996, e se tornaria parceiro de cachaçada, boemia e sacanagem de Bira e Valdir na sauna La Luna, na rua Barão do Amazonas.

Aí, na “República” (como Valdir constatara se parecer o apartamento, numa súbita inspiração num almoço de domingo), os fins de semana, e às vezes os dias úteis, eram agitados pelas infindáveis conversas, anedotas e histórias rocambolescas dos frequentadores, sempre devidamente regadas à cerveja, com exceção do “dono da casa”, que mantinha, desde 2001, tratamento com antidepressivos e raramente bebia. Às vezes, na ausência do Luís, em noites entediadas, muitos poemas amorosos do livro Paixões, Asneiras e Tristezas vieram à tona pela primeira vez na internet, nos “chats” do alemão Ale com suas namoradas virtuais, enquanto Bira os lia em voz alta. E aí nasceram uns quantos poemas datados de Porto Alegre, nele publicados, como “!” , Amargo Mate da Amargura , Embriaguez e Menestrel Equívoco.

Em 2004, Ubirajara concorreu a vereador pelo PDT de Gravataí, tornando-se membro do Diretório Municipal e da Secretaria

Sindical Estadual do partido, de que se afastou em 2007, quando da última adesão ao governo de Luís Inácio Lula da Silva.

Em 2006, por inspiração de Valdir e do baiano Luiz, criou seu blog pessoal, o Bira e as Safadezas... (upassos.wordpress.com), onde o poeta e o ensaísta se juntaram ao cronista e ao “contista”, publicando-se tudo quanto havia escrito até então ou lhe vem à cabeça no momento. Dentre estas publicações foram selecionados os textos constantes do livro Três Doidos Perdidos na Tríplice Fronteira.

Somente na década dos quarenta anos — quando a dissidência sindical transformou-se, por algum tempo, entre 2004 e 2007, em colaboração engajada à nova administração do Sindjus coordenada por Magali Bitencourt (que comungava em grande parte os ideais políticos e boêmios de Bira e Valdir) e agregaria novos e antigos companheiros, como Jorge Dantas, militante do Movimento Negro e operador de terminal do Foro Central, e Milton Antunes Dorneles, Representante Sindical e Oficial Escrevente de Farroupilha e, nos últimos anos, de Caxias do Sul — abandonou a boemia, se casando com Janaina Fernandes Freitas em 2008, ano em que nasceu sua filha Isadora Freitas Passos. Desde então vive no convívio familiar com a esposa, filha e os enteados Erick Freitas Ribeiro e Larissa Freitas dos Santos.

No inverno de 2008 fundou, com Valdir, Milton, Dantas, Régis Pavani, Maria Albertina Nolasco e Simone Nejar, o Movimento Indignação, sucessor do Grupo 30 de Novembro, que é até hoje seu principal canal de luta e expressão política e sindical.

Em outubro de 2017 publicou, no concurso literário da Amazon do ano, o romance Entre Bares, Becos e Bombas, inspirado em fato real ocorrido (mala com pretensa bomba encontrada sob o Viaduto Otávio Rocha, em Porto Alegre, numa tardinha de 2014) e com elementos autobiográficos de sua militância sindical e boêmia do final do século e início do presente.

Em janeiro de 2020 publicou seu segundo romance, em formato e-book pela Amazon e impresso pelo Clube de Autores: De como F. F. Fernandes se suicidou...

Bira e as Safadezas...: https://upassos.wordpress.com

Movimento Indignação: grupo30.canalblog.com

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