VELAS ARDENTES

Garipeiro, ELE recolhe o ouro das minas. Faiscador, vai resolvendo catas e lavras diamtíferas. Seu coração é a bateia, no incessante apurar. O cérebro, é cadinho, a selecionar, sbiamente, as riquezas do ser humano com quem convive. Junta, no afeto, o que reserva de precioso. E vai desfiando a história de vidas e vidas, que se somam à sua própria história...

Neste, como em seus livros anteriores, o testemunho escrito de buscas, experiências e constatações.

Raramente faz alusão à deslealdade, à ingratidão, à decepção.

E canta, na linguagem de prosador-poeta incomum, valores, feitos, conquistas de seus biografados, de modo a convencer o Leitor de que o mundo é bom, porque bons são os seres humanos que o habitam e o constroem. Não exagera o valor da amizade que, se verdadeira, tudo merece.

Sem rasgos de eloquência, sem a presunção dos bajuladores, abre o próprio coraçnao, entrega-se aos amigos. Aí, o passaporte que o leva à intimidade com seus pares.

Testemunhos que ELE consola, esclarece, critica favoravelmente, aconselha, ajuda, encoraja, encaminha, favorece, aplaude, faz-se irmão! E de quantos!...

Em “VELAS ARDENTES”, vêmo-lo como fonte que a muitos dessedenta, acreditando ser esta a sua missão. Mas também é chama que vence o inverno, disponível a aquecer e agasalhar.

O que o retém nas mãos em concha, distribui para nossa fartura. E o resultado do trabalho deste garimpeiro-faiscador – JOSÉ AUGUSTO FARIA DE SOUSA – se nos apresenta candente, luminoso, inserindo-se na História de Sete Lagoas, completando-a e nobremente a enriquecendo.

Mariza da Conceição Pereira