OLYMPUS LIVRO III

300 POEMAS

Por MARCOS AVELINO MARTINS

Código do livro: 264808

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Entretenimento, Literatura Nacional, Poesia

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Sinopse

44ª livro do autor de:

1. OS OCEANOS ENTRE NÓS

2. PÁSSARO APEDREJADO

3. CABRÁLIA

4. NUNCA TE VI, MAS NUNCA TE ESQUECI

5. SOB O OLHAR DE NETUNO

6. O TEMPO QUE SE FOI DE REPENTE

7. MEMÓRIAS DE UM FUTURO ESQUECIDO

8. ATÉ A ÚLTIMA GOTA DE SANGUE

9. EROTIQUE

10. NÃO ME LEMBREI DE ESQUECER DE VOCÊ

11. ATÉ QUE A ÚLTIMA ESTRELA SE APAGUE

12. EROTIQUE 2

13. A CHUVA QUE A NOITE NÃO VIU

14. A IMENSIDÃO DE SUA AUSÊNCIA

15. SIMÉTRICAS – 200 SONETOS (OU COISA PARECIDA) DE AMOR (OU COISA PARECIDA”)

16. AS VEREDAS ONDE O MEU OLHAR SE PERDEU

17. A MAGIA QUE SE DESFEZ NA NOITE

18. QUAL É O SEGREDO PARA VIVER SEM VOCÊ?

19. OS TRAÇOS DE VOCÊ

20. STRADIVARIUS

21. OS SEGREDOS QUE ESCONDES NO OLHAR

22. ATÉ SECAREM AS ÚLTIMAS LÁGRIMAS

23. EROTIQUE 3

24. OS POEMAS QUE JAMAIS ESCREVI

25. TUA AUSÊNCIA, QUE ME DÓI TANTO

26. OS DRAGÕES QUE NOS SEPARAM

27. O VENTO QUE NA JANELA SOPRAVA

28. EROTIQUE 4

29. A NOITE QUE NÃO TERMINOU NUNCA MAIS

30. AS HORAS QUE FALTAM PARA TE VER

31. OLYMPUS: LIVRO 1 – EROS (1ª PARTE)

32. OLYMPUS: LIVRO 1 – EROS (2ª PARTE)

33. NO AR RAREFEITO DAS MONTANHAS

34. VOCÊ SE FOI, MAS ESTÁ AQUI

35. O AMOR QUE SE FOI E NÃO VOLTOU

36. OS VÉUS DA NOITE

37. OLYMPUS: LIVRO II - ARES, ARTHEMIS, ATHENA, CHRONOS, HADES, MORPHEUS E POSEIDON

38. MADRUGADAS DE SEDUÇÃO

39. O LUAR QUE EM TEUS OLHOS HABITA

40. QUANDO SUA AUSÊNCIA ERA TUDO QUE HAVIA (contos e crônicas)

41. ESSA SAUDADE QUE NÃO QUER IR EMBORA

42. OLYMPUS: LIVRO 1 – EROS (3ª PARTE)

43. UM ÚLTIMO BEIJO EM PARIS

Este é o 5º volume - com 300 poemas em cada um deles - da série Olympus, com 14 capítulos, cada um dedicado a um deus grego, todos eles publicados pelo Clube de Autores. Este Livro III é dedicado aos deuses APHRODITE, APOLLO, EREBUS, GAIA, HERA e ZEUS.

Alguns trechos dos poemas deste livro:

Alguns trechos:

“Quando nos separamos, eu a olhei, / E vi as estrelas que em seu olhar brilhavam, / Embora ainda fosse dia claro, / E então outra vez a beijei, / E colhi os líquidos que em sua boca brotavam, / Naquele beijo cheio de paixão e tão raro!”

“Descobri em tuas macias costas / Uma colorida e perfeita tatuagem, / Mas elas nunca ficaram expostas, / E faltou-me um pouco de coragem / Para te perguntar o que havia tatuado!”

“És para mim o desejo que alucina, / És o veneno que me contamina, / És o vento soprando na esquina, / És a paixão que nunca termina!”

“Tu me olhas com esse olhar candente, / Daqueles que me causam alvoroço, / Mas não posso matar teu desejo ardente / Apenas meia hora depois do almoço!”

“Tentei dizer que te amava, mas não conseguia, / Meus olhos mergulharam ao encontro dos teus, / E naufragaram quando beijei tua boca macia...”

“Depois disto, como te deixar / Desse jeito como estás agora, / Com o corpo todo a pulsar, / Nessa paixão que me apavora?”

“Quando me beijas com paixão, / Vou ao céu, e volto à Terra, / Tua língua bombeia meu coração, / Nessa batalha que se descerra...”

“Liberamos milhões de anticorpos / Quando minha alma encontra a tua / Ao emaranharmos nossos corpos / Enquanto deliro de te ver toda nua”

“Depois de saciados, sussurro em teus ouvidos, / Sobre esse imenso amor, do qual nunca reclamo, / Palavras tão doces, de sentimentos proibidos, / Para nunca esqueceres o quanto te amo...”

“Let me kiss you / And dry your eyes of blue / While the passion arrives / For the rest of our lives”

“Tomara que não seja um sonho, pois não suportaria, / Depois de tanto sofrimento, te ver desaparecendo, / Como se fosse um fantasma que me fizesse uma visita, / E sumisse de novo, apagando toda essa alegria / Que sinto, quando de novo em meus braços te prendo, / E te cubro de beijos, revivendo essa paixão infinita...”

“Então, vamos seguindo assim, / Nesse estranho jogo de cabra-cega, / Onde você nunca tira a venda, / E acha que o amor deve ser uma lenda, / Onde você para sempre me nega,”

“Deixe-me saborear sua inesperada avidez, / Tome mais um gole de vinho, e não pare, / Destrua de uma vez minha maldita timidez, / E nos amemos, antes que a manhã nos separe...”

“Fiquei estático e ofegante, / Sem poder acreditar em minha sorte, / Depois de tanto desejo lancinante, / Ficarei sorrindo de orelha a orelha / Até o dia da minha morte...”

“E quando a luz do dia nos desperta, / Juntas tuas roupas, me beijas e partes, / Mas deixas a porta apenas entreaberta, / Para à noite voltares às minhas profanas artes...”

“A chuva intensa molha os teus cabelos, / Uma nuvem de água te moldando um vestido / Que esconde de mim os teus pelos / Eriçados, úmidos de desejo, / Inebriando-me cada sentido,”

“Calma, linda Condessa, não desanimes, / Nem te preocupes com versos com que rimes, / Pois o pior desses combates de que tanto gostas, / Quando alguém te pega de jeito pelas costas, / É sem dúvida depois arrumar a cama, / E disfarçar as marcas deixadas / Pelo amante de tão fogosa dama,”

“Seu olhar carente / Lança-me dardos / Que me fuzilam / Diz-me o que sente / Nesses petardos / Quando cintilam”

“Ao ver que os meus a perseguem, / Seus olhos se erguem, / E nessa troca de olhares, / Eu penetro em dois mares, / De um brilho tão profundo, / Que transforma meu mundo, / De angústia e amargura, / Em paz e ternura, / De encontro ao paraíso, / Que descubro em seu sorriso...”

“Deixa-me ocupar teus espaços / Até a noite acabar / E nunca mais te esquecer / Até o fim do caminho...”

“E, nesses torniquetes contra a solidão, / Fazer explodirem em gozo teus sentidos, / Para não sair nunca mais de teu coração...”

“Já vejo ao longe tuas belas curvas, / Próximo de cumprir esse destino profano, / De misturar minhas águas turvas / Ao teu límpido e profundo oceano...”

“E entre beijos e gritos roucos, / Assim varamos a madrugada, / Entregando-nos aos poucos, / A essa paixão desmesurada...”

“Descemos bem devagar aquelas escadas, / Acalmando por instantes nossas bocas atrevidas, / Olhando-nos profundamente, de mãos dadas, / No primeiro dia de amor do resto de nossas vidas...”

“Eu e você juntos somos incríveis, / Minha tristeza junto com sua alegria, / Ultrapassando todos os níveis possíveis, / Para disseminar pelo mundo a Poesia...”

“Mas, quando acordei, não entendi mais nada, / Estava sozinho no apartamento dela, deserto, / A única roupa era a minha, na sala espalhada, / Não havia rastros dela, e fiquei boquiaberto!”

“No dia em que isto acontecer, / Os esquimós se amarão nos iglus, / As camas do planeta irão estremecer, / E as cidades se encherão de luz!”

“Tive medo de que notasses meu dilema íntimo, / Alimentado pelo meu desejo erótico, / De rolar contigo por um colchão aquático!”

“Do alto de 40 séculos de história, / Teu corpo nu me desafiava, / Qual uma linda esfinge moderna, / A descobrir teus mais profundos segredos.”

“Acho que um de nós dois se descuidou, / Pois juramos amor e fizemos um pacto, / Mas aquele amor onírico se evaporou, / Embora meu desejo por ti continue intacto!”

“Depois, a noite se esvaiu tão ligeira, / Enquanto nossos corpos se saciavam, / Eu te amava de qualquer maneira, / Enquanto as nossas mãos se enlaçavam, / Enquanto tua risada ecoava, / Enquanto a noite se acabava, / Até confessares que me amas, / Enquanto o lençol ardia em chamas...”

“Teus olhos me seduzem, / Como nunca quiseram, / E na noite reluzem / Como sempre fizeram! / E por momentos incríveis, / Nós nos tornamos um só, / Em beijos inesquecíveis, / Até a ilusão virar pó...”

“E dessa nossa paixão verborrágica, / Que até então só fizera doer, / Ficarão os rastros dessa noite mágica, / Que nunca mais poderei esquecer...”

“Singro os mares em ti aprisionados, / Imensos corais de reluzente azul, / E neles jazem para sempre naufragados / Meus versos, abalroados pelo teu corpo nu...

E durante o que te restar de eternidade, / Teu corpo lembrará nossa paixão, / E às vezes rolarão de teus olhos de jade / Gotas de nosso amor na imensidão!”

“Neste dia que até então era sórdido, / Sob os olhares de um casal mórbido, / Que se beijava ferozmente de modo hórrido, / Engatamos o início de um romance tórrido.”

“Até que enfim você desiste, / E desvenda o corpo lindo de doer. / E então a solidão pede licença, / E mansamente se ausenta,”

“Então minhas costas com tuas unhas rabiscas, / Enquanto sobre a cama, por entre os lençóis, / Nossos corpos se juntam e soltam faíscas, / Gastando energia como se fossem dois sóis, / E nossos olhos se estreitam em duas riscas, / Iluminando a noite como se fossem faróis!”

“E vestirei a carapuça, / Assumindo que fugia de ti, / Por medo de me apaixonar, / Pois poucas vezes senti

Desejo tão grande de alguém tocar / Intimamente, até teu néctar fluir / E molhar tuas entranhas,”

“Se eu pudesse te guardar num volume, / E bastasse abri-lo, / Para, junto com teu perfume, / Voltasses com tudo aquilo / Que aprendi a mentalizar com fervor, / Seria uma combinação incrível / Entre um sonho e um sonhador!”

“E teu êxtase explodia e se acalmava depois,/ Por tantas vezes, que eu nem contei, / Naquele momento mágico de nós dois, / Que mesmo que viva mil anos, nunca esquecerei...”

“Em teu corpo encontrei / Algumas gélidas trilhas, / Alvas como as neves do Aconcágua, / Mas quando as explorei / Revelaram-se doces armadilhas, / Pois escondiam uma tépida água, / Tórrida como um vulcão inativo, / Aguardando que alguém te despertasse / E percorresse teus caminhos inexplorados...”

“E na cama, entre cetins e sedas, / Trocaremos nossos fluidos, / E sentirei tuas gentis labaredas, / Depois de alguns descuidos!”

“Beija-me, faz um chamego qualquer, / E logo começa de novo a orquestra / Nesses jogos de homem e mulher, / Onde você é regente e maestra...”

“Até o final deste semestre, / Serei o teu humilde mestre / De artes impudicas e sensuais, / Que não se acham em manuais...”

“Abafo com meus beijos os teus gritos / De prazer, devassidão e loucura, / Perdendo-me em teus olhos infinitos, / Nessa doce doença da qual és a cura!”

“In the solitude of her room, she put her hands on her dry lips, / As dry as if she had not drunk anything in millions of years. / She remembered again, as ever since she met him, / That strange and overpowering man who made her lose her mind.”

“Começas a dizer obscenidades / De como meu beijo te excitou, / Bem junto ao meu ouvido, / Enquanto teus lábios me percorrem, / Desafiando-me cada sentido, / E de tua boca suavemente escorrem / Gotas de puro prazer...“

“Depois, deixamos a noite ruborizada, / E a lua tímida sair detrás do nevoeiro, / Que, denso, cobria essa noite estrelada, / Enquanto você me devora por inteiro!”

“Ontem, tive um sonho tão insólito, / Estava voando num tapete mágico, / Junto ao teu retrato, que se tornara sólido, / Sobre um país que era tão exótico, / E nessa trama de teor onírico, / O nosso amor não era mais tão trágico...”

“Não foi mais do que um sonho bom, / Que logo se afogou na areia, / Uma linda sinfonia sem som, / Preenchendo o espaço que nos rodeia!”

“E agora, não consigo mais esquecê-la, / Apago a luz, e fico quieto no escuro, / Mas você entra, e acende sua estrela / E me leva em seu submarino, rumo ao futuro.”

“Esperando até que vertes / Em minha boca gotas de teu prazer, / Depois de, por horas, arder / Nessa volúpia que me devora / Até chegar a hora de ires embora, / Depois de enfim te cansares, / Mas espero até voltares, / Para recomeçarmos a brincadeira, / Que durará pela nossa vida inteira...”

“Como esquecer nossa história, nós que nos amávamos tanto? / Entro no meu carro e tomo o rumo do teu apartamento, / E quando abres a porta, encaras-me com raro espanto, / Mas te jogas em meus braços, curtindo aquele momento...”

“O que vem a ser essa emoção esquisita, / Que quando estamos juntos explode? / O que vem a ser essa solidão infinita, / Que longe de você me sacode?”

“E assim foi, por toda aquela noite inesquecível, / Da qual emergimos imersos em suor intenso, / E da qual guardaremos uma lembrança incrível / Do dia em que começou esse nosso amor imenso!”

“Vou deixar de lado esse meu jeito sério, / E jogar-me nesse teu perigoso jogo, / Para investigar de perto o mistério / Escondido em teus cabelos de fogo!”

“Peque, / Mostre-me o seu leque / De ocultos prazeres, / Escondidos nos dizeres / Do Kama Sutra / Ou em outdoors na Via Dutra! / Passe sua ardente língua / Em meu sexo, que está à míngua, / Ansiando pelo seu, /

Que você escondeu / Sob montanhas de pedra, / Num terreno onde não medra / Nenhum prazer!”

“Fica comigo esta noite, / E depois desse pernoite, / Junta às minhas tuas roupas, / Para ver se me poupas / De ficar esperando por ti, / Nessa angústia que tanto vivi / Pelas noites e madrugadas, / Aguardando por tuas chamadas,”

“Varrerei nuvens de estrelas, num vórtice, / Na noite voraz que nossas ilusões devora, / Desmontando polígonos sem vértice, / Vertendo-se em suas veias lá fora...”

“Varrerei nuvens de estrelas, num vórtice, / Na noite voraz que nossas ilusões devora, / Desmontando polígonos sem vértice, / Vertendo-se em suas veias lá fora...”

“Deixa-me te narrar um sonho que tive / Em que eras o último amor de minha vida, / E te contarei dos lugares em que estive / Na eterna procura por uma paixão suicida!”

“Ainda não foi desta vez / Que fizemos amor, / Mas nas preliminares / Chegamos bem perto! / Mas ainda neste mês, / Tentarei ser mais sedutor, / Até enfim te entregares, / E minha chuva molhar teu deserto!”

“E ao final dessa doce batalha / Sem vencido nem vencedor / Por tua linda boca espalha / O néctar de nosso amor”

“Por horas, ficamos nadando por ali, / Tu, brincando de engolidora de espadas, / Eu, de mágico, sumindo dentro de ti, / Nós dois, num circo de conto de fadas...”

“E quando o sobes inteiro, num último gesto, / Jogando-o sobre mim, numa insana sedução, / Vejo que eu tinha razão, pois era todo o resto / De roupa a te afastar de minha louca paixão!”

“Tua volúpia assassina / Que sempre versejo / Aos poucos me mata / Quando me ensina / A matar teu desejo / A secar tua cascata”

“Oferecerás as tuas lindas fendas, / Deixando que eu preencha os teus espaços, / E construiremos novas lendas, / Até a noite vencer nossos cansaços...”

“Sentimentos cadentes, / Sobre corpos / Sedentos, candentes, / Sôfregos, cálidos, / Saciados, corados, / Sexy carne / Sem censura...”

“Foi tanto amor reprimido / Que às vezes ainda duvido / Que hoje estamos distantes, / E que aquele fogo de antes / Sucumbiu à primeira tempestade, / Deixando essa imensa saudade, / Essa tristeza atroz e infame, / Que, não importa como a chame, / Tem impresso o teu nome”

“À noite, galgo devagar tuas costas, / Deixando o teu corpo arrepiado, / Esquecendo as normas impostas, / Pois vale tudo em nome do pecado!”

“E quando saímos dali saciados, / O mar nos joga uma onda derradeira, / Como se saudasse os nossos bailados, / Que ensaiamos pela vida inteira...”

“Em meus sonhos diurnos, / Lembro essa linda tatuagem alada que carregas / Logo acima dessas tuas grossas coxas. / É onde inicio longos voos noturnos, / E te mordo devagar e às cegas, / Mas sem deixar manchas roxas...”

“Tentes esquecer nossas tardes / De paixão, vinho e loucuras, / Na cama em que sempre ardes / Com os nossos beijos e juras...”

“Teu beijo é mais longo que ano bissexto, / Vicia muito mais do que droga pesada, / Para ganhar o primeiro inventei um pretexto, / E agora não consigo mais sair desta cilada!”

“E no vaivém que a noite admira, / Navegamos contra as correntes, / Num desejo que o quarto nunca vira, / Tu me mostrando o amor que sentes!”

“E no primeiro beijo que trocamos, / Naquela mesma noite mágica, / Quando os nossos corpos colamos, / O desejo cresceu de forma ilógica...”

“Fiquemos um pelo outro loucos / E em minha casa pernoites / Depois de muitos gritos roucos / Na primeira de infinitas noites”

“Cansei de calcular senos e cossenos! / Tudo o que quero de agora em diante / É escalar o teu Monte de Vênus... / E com dureza digna de diamante, / Umedecer de amor tuas cavernas,”

“E depois de horas de gritos e uivos, / Você nunca mais conseguirá me seduzir, / Será apenas uma pasta em meus arquivos, / Depois de tantos anos a me consumir!”

“Quando os lábios se tocam, / E carinhos trocam, / Quando mostras os seios, / Quando tiras as roupas, / E então deixas expostas / As tuas lindas costas / E essas rijas polpas, / A tua carne quente, / O teu corpo carente.”

“Where are thou / Other half of me? / The memory of you / Surrounds me / And so it always will be!”

“Se será por sua magia que virarei seu escravo, / Mas talvez seja nesta noite que eu desbravo / Se farei suas vontades, ou ela será minha serva, / Nessa aventura que a bola de cristal nos reserva...”

“Prédios ardiam até sobrarem as brasas, / E carros também eram incendiados, / Eu te procurava em todas as casas, / Desviando-me daqueles amaldiçoados...”

“Sem controle, o suor brota da minha fronte, / Fico ali parado, junto à porta fechada, / Eu e seu fantasma, no fundo da sala ali defronte, / Nesta noite sinistra e assombrada!”

“Faz muito tempo que o nosso amor já morreu / Mas fica me rondando como se fosse um zumbi, / Com lembranças que o próprio tempo esqueceu / E cobrando-me um amor que eu nunca recebi!”

“Esta noite, você me apareceu, / Com olhos de quem pede perdão, / Mas deve ter sido só uma ilusão, / E quando abri os olhos, estava só eu.”

“Nos trilhos da vida, a tristeza dispara / Como se fosse uma veloz locomotiva, / E a maldita solidão ri de nossa cara, / Quando percebe nossa dor convulsiva...”

“Quando foi que abandonaste / Nosso mundo de sonhos e fantasia / Onde o meu amor te prendeu? / Como foi que te afastaste / De nossas noites de sexo e Poesia / Só porque um vampiro te mordeu?”

“Assim que começou o inverno, / Você me mandou para o inferno, / E eu fui! Mas voltei, sabe por que? / Estou aqui para lhe assombrar, / Pois como vou ficar sem você, / Lá ou em qualquer outro lugar?”

“Vou escrever um último poema de amor, / Para te contar o tamanho dessa dor, / Que quando vem a noite, chega ao cúmulo, / E gravá-lo para sempre em teu túmulo, / Para, quando o leres, teres pena de mim, / E finalmente parares de me assombrar assim...”

“Doce vampira, chupe meu sangue, / Até a última gota, com vontade, / Até me deixar completamente exangue, / E farei parte de ti, por toda a eternidade...”

“Descobri, tarde demais, que as bruxas hoje nos reduzem / A inofensivos brinquedos, escravos sexuais e joguetes, / Enquanto voam por aí, lindas e louras, / E aos pobres e infelizes mortais seduzem, / Montadas em seus avançados foguetes, / Disfarçados em inocentes vassouras!”

“Olhei pela porta semicerrada, / E quase morri de susto, / Pois estavas no escuro pelada, / Mas escorria sangue por teus caninos! / Pensei que Deus fosse justo, / Queria teu amor, não teus dentes assassinos...”

“Infame vampira, que dormes numa tumba, / Em teu sinistro castelo moderno, / Lutarei até que como guerreiro sucumba, / Pois não tenho intenção de ser eterno, / E te exorcizarei com uma macumba / Que anotei na última folha de meu caderno,”

“Vermelha é a cor de teu sangue / Que espalhas pela relva, / Pelo pântano, pelo mangue, / Pela planície, pela selva,”

“Vá ver se estou na próxima esquina / Olhando construírem o metrô / Tente me encontrar na China / Ou contrate para você um gigolô”

“Como fui amar uma vampira, / E viver nesse eterno alvoroço, / Se sei que por minha nuca suspira, / Sonhando morder meu pescoço?”

“E camuflado pelos trilhos do bonde / Um soluço desesperado se esconde / Triste sobrevivente de um cataclismo / Tentando escapar do fundo do abismo”

“Um dia, alguém que eu amava / Perguntou-me, perplexa: / ‘Você existe mesmo? / Difícil acreditar que é de verdade!’ / Pesaroso, respondi: / ‘Existi, até duvidares de mim.’ / E numa nuvem de fumaça, desapareci / Diante de seus olhos dilacerados...”

“E entre teus dentes de marfim / Juro que vi presas pontiagudas / Que em meu pescoço estudas / Cravar sem qualquer compaixão / Enquanto por ti morro de paixão / E sugar-me com tuas presas primevas / Depois levar-me para tuas trevas”

“À noite na praia, julguei ver teu fantasma, / Mas não sabia que havias morrido! / Será mesmo um ectoplasma, / Ou será um sexto sentido?”

“Seu fantasma fica me rondando, / Dando risadas na minha frente, / Mas não sei até quando / Durará esse ectoplasma insistente!”

“Os políticos brasileiros, / Especialistas em jogos cênicos, / São mestre galhofeiros, / Ou então são esquizofrênicos!”

“Esse horror tão intenso / Que te circunda / Gera o pavor imenso / Que te inunda...”

“Terroristas adoram espalhar o pandemônio, / Será que algum dia deixarão de adorar o demônio, / Essa besta à solta em Riad, Damasco ou Bagdá, / A quem cultuam, disfarçado de Allah?”

“Quem dorme ao teu lado na cama, / Não é mais quem tanto te amou, / Mas um espectro distante do passado, / Que a poeira do amor apagou...”

“Quanto mais se mexe, mais fede! / Jura inocência o político de nove dedos, / Que à Justiça clemência pede, / Mas é cheio de torpes segredos!”

“Voas livre pelos ares, / enfeitiçando todas as criaturas, / Sem nem te lembrares / desse amor cuja saudade é a maior das torturas...”

“Um enorme sufoco calou minha voz, / E sequei, como se mordido por um vampiro! / Levarei essa dúvida atroz / Até o meu último suspiro, / Pois cada vez que penso em nós, / Só não dói se eu não respiro!”

“Nosso amor foi mágico até o fim, / Sempre repleto de ternura e esperança, / E para mim sempre será / O mais cobiçado troféu. / Quando tiveres saudades de mim, / Beija suavemente a minha lembrança, / Que sempre te guardará / Até que eu volte do Céu...”

“Mas o toque de seus lábios permanecerá / Para sempre em mim tatuado, / Como se fosse um beijo roubado, / Ou como se houvesse sido esculpido / Por uma flechada invisível de Cupido! / E esse beijo sutil e momentâneo, / Mas principalmente espontâneo, / Terá sido dado para ver se eu descubro / Nesse dia trinta e um de outubro / Se você é mesmo de verdade, / Com esses seus infinitos olhos de jade?”

“Então você encheu minha mente com memórias, / Com histórias nunca vistas e nunca sonhadas, / Mas o pior é o horror que apaga a luz, / Trazendo seus rastros na noite sombria...”

“Não quero Maisena ser o seu almoço, / Puma vítima indefesa de sua fúria homicida, / Mas essas marcas que Colgate em meu pescoço / Irão me acompanhar por Toddy a vida!”

“Com meu destino, não me conformo, / De um homem, virei apenas a sombra, / Tantas noites acorrentado num mastro, / Atormentado por sedes estranhas. / Mas não me esqueci de tua pele de alabastro, / Nem de teu cheiro, gravado em minhas entranhas...”

“Por que quando acordo de nada me lembro, / Mas minhas roupas estão sempre em farrapos? / Por que o ano todo, de janeiro a dezembro, / Minhas lembranças noturnas são apenas fiapos?”

“E nesses versos sombrios, deixo aqui registrado / Que o inferno tem entre nós seus enviados, / E entre quem tem o poder, haverá um amaldiçoado, / A cravar na jugular de inocentes seus dentes afiados!”

“É tão estranho, saber que você existe em dois níveis, / O físico, que está pelo mundo a vagar, sorridente, / E esse sobrenatural, que só existe em meu quarto! / Essa manifestação é uma daquelas coisas impossíveis, / Quando estou distraído, aparece de repente, / E, quando a vejo, quase tenho um infarto!”

“Jamais serei o teu consorte, / Comigo só encontrarás a morte! / Serei eu a dar a última cuspida / Nesse teu simulacro de vida!”

“Não tenho medo de avião, / Só de que ele caia, / E nem tenho medo da paixão, / Só de que ela me traia!”

“Mas não o vejo, pois é um fantasma afinal, / Mas esse mistério esquisito me descabela, / Pois esse frio na noite quente não é normal, / De onde vem tanto gelo numa noite tão bela?”

“Não sei de onde você veio, / Pois surgiu bem na minha frente, / Mas tem tatuado no seio / Um vermelho tridente!”

“A noite liberta um denso nevoeiro, / E esconde a solidão que me espreita, / Aprisionado nesse sinistro cativeiro / Com seu espectro que comigo se deita...”

“Não chores, todas as cores um dia passam, / Pessoas vão para os cúmulos todos os dias, / O quiabo é irredutível, não importa o que façam, / Arrasta para o inverno quem viveu em regalias!”

“Pensei que a houvesse expulsado, / Mas qual o que! / Você é um espectro vindo do passado, / E em tudo ao meu redor vejo você...”

“O que poderia te dizer nessa hora, / Em que vejo esse morteiro / Que sobre mim paira agora? / Melhor não mexer nesse vespeiro, / Pois esse teu olhar apocalíptico / Já me julgou, condenou e executou!”

“Saímos dali correndo, apavorados, com a brisa fria em nossas costas, / Convictos de que um pedaço do inferno morava junto de nós, / Todo esse tempo, sem que sequer percebêssemos, / Mesmo que de vez em quando um dos aldeões sumisse, / Sem deixar nenhum rastro, e nunca mais voltasse. / Eu vi, senhor viajante, e nunca mais me esquecerei / Daquele dia amaldiçoado em que dois demônios se cruzaram, / E o demônio mais antigo venceu a batalha...”

“Estou a navegar em meu barco, / Quando ouço cantar uma sereia, / E então numa aventura embarco, / Sob as bençãos da lua cheia...”

“Rezam as lendas que, além da última luz, / Há feras que nunca foram vistas, / Ferozes como nenhuma palavra traduz, / Cujos olhos brilham como ametistas! / Não se arrisque por lá, nobre viajante, / Nada há além do farol que possa seduzi-lo, / Por tudo que há de sagrado, não siga adiante, / Pois dizem que aquelas feras podem abduzi-lo...”

“Do lado de fora das vitrines / Dos grandes magazines, / Pessoas famintas espreitam, / Pedindo esmolas aos que se deleitam / Em comprarem o que não precisam, / Desprezando o solo onde pisam, / Sem ligarem para quem morre de fome, / Para os desprezados sem nome, / Para os quais o Natal é um teatro, / Encenado nas ruas onde ficam de quatro / Por um mísero prato de comida, / Sem mais nenhuma esperança na vida,”

“Nesses teus olhos fantasmagóricos / Que me testam sob a luz do luar, / Vejo rastros de monstros pré-históricos / Que se esconderam no fundo do mar!”

“Oh, oráculo das brumas, / Que em algum antro te escondes, / Entre pântanos e negras espumas, / Em cujos segredos sombrios sondes...”

“Até onde podem chegar / As mentiras deslavadas / Desses ladrões que nos governam? / Pensam que ainda iremos acreditar / Nessas histórias descaradas / Com que suas virtudes externam!”

“Espalham-se entre nós, ocultos, / E deles só vemos os olhos avermelhados, / Nos becos escuros, surgem seus vultos, / Caindo como pragas sobre os desabrigados... / Nada podemos fazer contra esses seres, / Oriundos do inferno, são crias do mal, / Mas durante o dia, se os perceberes, / Ocupam gabinetes no Congresso Nacional!”

“Esses corruptos já passaram de qualquer limite, / E cada nova declaração de inocência que fazem / Tem como consequência que eu quase vomite, / De tanto nojo que esses patifes me trazem!”

“Ó, ser profano, / Egresso das profundezas, / Que nada tens de humano, / Exceto as tuas torpezas, / Que pareces um homem, / Mas na verdade és um demônio, / E nas chamas que já te consomem, / Rodeado pelo pandemônio, / Hás de arder eternamente / Nas profundezas do inferno!”

“E, quando a radiação chega, impiedosa, / Invadindo nossos corpos suados, / Beijando-nos até o instante de morrer, / A radiação se instala, vitoriosa, / Sobre nossos corpos desintegrados, / Num amor que nem a morte foi capaz de vencer...”

“Ali parece um antro de torpes batalhas, / Cada um tentando levar vantagem, / Mas no fim, são um bando de canalhas, / Abutres sórdidos de negra plumagem!”

“Ando desconfiado de que você é uma vampira, / E que essa palidez quase cadavérica, / Que às vezes deixa transparecer no rosto, / É porque você não mais respira, / E é por isto que me olha assim tão colérica, / Cada vez que meu pescoço deixo exposto!”

“Depois que seus segredos são descobertos, / As pessoas ficam dizendo: “É mentira”, / Mas se fossem negócios tão certos, / Para que escondê-los como quem conspira?”

“Os teus lábios têm um rio de gelo, / Os olhos sombrios emanam raios, / Serpentes circundam teu cabelo, / E desmortos viram teus lacaios...”

“Tenho um monte de amuletos, / No pescoço carrego uma figa, / Para ti já fiz vários sonetos, / Cultivando essa paixão antiga!”

“Parecem seres humanos, esses ‘talking deads’, / Mas mal conseguem, em suas pretensas vidas, / Manterem-se nas empresas, em cujas sedes / Escondem suas lágrimas, nunca vertidas...”

“The darkness exists since the beginning, / Tangible over all the things, / And even when you think you’re winning, / It comes and cuts your wings!”

“And the more you fear it, you stop to breath, / The darkness surrounds your young wife, / And the more you tremble, you’re closer to death, / Until the morning save your life...”

“Nesse giro sinistro pela Europa gótica, / Fui para a gélida Londres, com seu fog, / E entrei sem querer numa boate erótica, / Onde tomei uísque até ficar grogue!”

“Como combater uma sombra escusa, / Que se esconde entre as paredes, / Talvez fugida de uma história confusa, / Tentando saciar suas inconfessáveis sedes? / Como evitar que minha mente se apavore, / E se refugie nos desvãos da memória, / Como impedir que essa sombra me devore, / E apague dos registros do tempo minha história?”

“Fiquei numa inusitada sinuca, / Quando deste um beijo neste vampiro, feio e gordo. / Agora, não sei se te dou um safado beijo na nuca, / Ou se te mordo...”

“Você ainda é tão nova, / E eu tenho centenas de anos, / Por isto eu lhe fiz essa trova, / Por motivos profanos.”

“Se você me oferecer o pescoço, / Talvez eu lhe crave os dentes, / Mas nunca até chegar ao osso, / Pois nucas são como presentes, / Onde beijos são sempre bem vindos / E costumam provocar um tremor, / E esses arrepios são sempre lindos, / E às vezes se convertem em amor...”

“És tão bela, tão sexy, tão desejável, / Que fiquei com uma dúvida miserável: / Não sei se te como até de madrugada, / Ou se bebo teu sangue, antes da alvorada!”

“No fundo de velhos cadafalsos / O Mal se deleita / Mostrando suas garras / Soltando uivos agudos / Que enlouquecem infelizes caminhantes / Deliciando-se com nossos percalços / O Mal estende-nos o fio da suspeita / E levanta sobre nossas cabeças suas cimitarras / Enquanto aguardamos mudos / Por sonhados instantes”

“Em seus peitos, há corações que (quase) não batem, / São como verdadeiros desmortos, / Criando tristes cães que não latem, / Aguardando navios que nunca atracam nos portos!”

“Meu amor por ti já morreu, / Mas, como um cadáver insepulto, / Fica pelas noites buscando teu vulto, / Esperando em vão por um sorriso teu!”

“Quando passas por mim, tão altaneira, / Estendo aos teus pés o meu casaco, / Tecido em suaves fios de paixão e sonho! / Mas, sem olhar, o pisas e te vais, ligeira, / Sem nem ouvir o som, cada vez mais fraco, / Das lentas batidas de um coração tristonho...”

“Ofertei-lhe o meu amor todo dia, / E, por vezes, ela também me queria! / Mas uma deusa só sabe ser divindade, / Nada entende de amor e saudade...”

“Deus te abençoe, anjo da guarda chamado mãe, / E te recompense pelas noites em claro, / Pelo desprendimento de teu carinho eterno, / Pela beleza de tua alma tão pura, / E pelo amor que em teu peito se encerra...”

“Pois mãe, Deus só lhe deu uma, / Quem ainda a tem, ame-a tanto quanto puder, / E mesmo se estiver doente, leve como uma pluma, / Leve-a em seus braços, enquanto vida tiver...”

“Senhor, ensine-me a perdoar, / Antes de seguir por esses caminhos, / Para que eu consiga não amaldiçoar /

Quem lhe puser Sua coroa de espinhos...”

“Nessa busca pelo conhecimento, / Descubro ser apenas um grão de areia, / Tentando desvendar num único momento / Os mistérios da imensidão que nos rodeia!”

“E do pó, se fez a carne, / E da carne, se fez o amor. / E do amor, se fez o sonho, / E do sonho, se fez a paixão. / E da paixão, se fez o sexo, / E do sexo, se fez a vida. / E da vida, se fez a morte, / E da morte, se fez o pó. / E do pó, se fez a carne...”

“E as lágrimas escorrem por sua face, / Por alguns minutos, soluços a sacodem, / Descarrega em choro a sua enorme ferida, / Estranhamente, sente como se alguém a beijasse, / E quando de repente as suas tristezas implodem, / Compreende que Deus entrou em sua vida...”

“E então, solta-me no infinito, / Para que minhas asas cresçam, / Majestosas como as tuas, / Ou, se eu não o merecer, / Que eu despenque das alturas, / Rumo ao esquecimento, / Até virar poeira de constelações, / E de mim, só restarem meus versos...”

“E é então que nos entregamos / À força infinita de Seu amor, / No momento em que, de mãos postas, / rezamos: / ‘Obrigado, Senhor’! “

“Vi Jesus, já prestes a expirar, / Sussurrar: ‘Pai, por que me abandonaste?’, / E no instante em que Cristo pereceu, / Vi então o céu desabar, e completei: “ ‘Senhor, por que aqui me mandaste?’, / E em pleno dia, de repente anoiteceu, / Quando se foi para o céu quem era rei / De um reino que estava além do nosso!”

“Passo a noite contando estrelas, / Montando seu rosto / Num cósmico quebra-cabeça, / Pensando nos mistérios da imensidão.”

“O Amor é meu pastor, / E nada me faltará! / Afasta a minha dor, / E só a venturas me levará.”

“Rogo a Deus que isto não seja um sonho ligeiro, / Pois descubro que nasci para viver celestes aventuras, / E espero que este voo mágico seja apenas o primeiro / E que eu viva feliz, voando nesse santuário nas alturas...”

“Que de nossa boca saiam palavras divinas, / Inspiradas pelo exemplo de Jesus, / Que possamos reproduzir tuas doutrinas, / E que à recompensa eterna façamos jus, / Permita-nos aumentar o teu rebanho, / Quando conseguirmos ajudar alguém, / E que a nossa fé sempre aumente de tamanho, / Até a hora de em teu reino chegarmos, amém!”

“Os olhos que tudo veem nos acompanham atentos, / Tentando entender nosso desejo incurável / De amar, mesmo famintos ou sedentos, / Cultivando nossa fé inabalável!”

“Como podemos querer sermos salvos por Deus, / E pedirmos que Ele livre nossas almas das trevas, / Se nada fazemos para merecê-lo? / Não somos mais dignos filhos Seus, / Estamos perdidos em armadilhas primevas, / Malditos até o último fio de cabelo!”

“A passagem para o Paraíso / É uma tênue ponte, cheia de curvas, / Sem corrimão ou paraquedas. / Para cruzá-la, é preciso / Que deixes para trás ideias turvas, / Does todas as tuas moedas,”

“Sumiste no mundo, e cobriste bem tuas pegadas. / Mas sou bom detetive, / E busquei-te em vão por toda a Terra, / Escavando nas pirâmides do Egito, / Orando no templo de Ártemis, / Navegando sob o Colosso de Rhodes,”

“Se podemos construir obras tão imensas, / Por que não conseguimos compartilhar o Amor / Em vez de ódio e ofensas, / Guerras, destruição, morte e dor?”

“Ó, Senhor de infinita bondade, / Olhai com carinho por cada um de nós, / Que herdemos de teu Filho a humildade, / E nos calemos para ouvir tua voz...”

“’Raios! Duplos raios!’, / Exclamou Zeus, ao entrar em sua morada! / ‘Quem foi o deus moleque / Que roubou os meus papagaios? / Esse mequetrefe vai levar uma bofetada, / Pois só podia estar de pileque /

Para fazer uma besteira dessas, / Roubando meus papagaios de estimação!’”

“Formulei aos céus uma humilde pergunta: / ‘Senhor, eu existo?’ / Esperei que uma voz poderosa viesse com um trovão, / Mas em vez disto, quase imperceptivelmente, / Um pensamento foi sussurrado em minha mente: / ‘Meu filho, agora você sabe a Resposta...’”

“Aí, ouço um pássaro a cantar, um rio a correr, / Um cachorro a latir, flores a brotar pelos campos, / A chuva a cair, a música de minha vida a fluir. / E percebo com clareza que nada é por acaso: / Deus está me chamando sutilmente a atenção, / Mostrando-me, sem qualquer sombra de dúvida, / A Sua presença onipresente, em toda a criação. / E esses sinais que cruzam meu caminho, / Como se fossem por acaso, sussurram em meus ouvidos: / ‘Meu filho, finalmente você entendeu’...”

“Em um sinistro Universo paralelo, / Jesus Cristo foi crucificado, / Mas não ressuscitou! / Debaixo daquele sol amarelo, / O amor foi vencido pelo pecado, / E Cristo aos céus não se elevou!”

“Enquanto tanta miséria nos assiste, / Não queria falar sobre Papai Noel, / Mesmo porque sei que ele não existe, / Nem renas aladas voam no céu. / Não vou falar sobre nada disto / (Mesmo porque, sem querer, já falei), / Só queria lhes passar uma mensagem de Cristo: / ‘Amai-vos uns aos outros como eu vos amei...’”

“Pois enquanto as nuvens ocultam a lua / Outra chuva branda em forma de pranto / Escorre pela minha face que acentua / A saudade tua que me dói tanto”

“Depois, a escuridão durou por milênios, / As noites se tornaram enfim permanentes, / E o frio, a falta de comida, a guerra insana, / Abateram até mesmo os últimos gênios, / Acabaram-se enfim as últimas sementes, / E o planeta se vingou, destruindo a raça humana!”

“Triste de quem não vê a beleza / Exposta em cada obra-prima / Como as araras em seus voos suaves / Ou o salto das jubartes nos mares”

“Quanto mais subimos, mais o ar fica rarefeito, / E a temperatura desce, até se tornar negativa, / O mundo visto lá de cima é um lugar tão perfeito, / Tão perto de Deus, numa visão tão exclusiva!”

“Caro poeta Drummond, / Lembra-se da pedra que estava no meio do seu caminho? / Pois é, agora a danada plantou-se no meio do meu, / E não dá sinais de querer ir embora! / E o pior, essa é uma bendita pedra-bumerangue, / E se eu a jogo longe, ela volta, / E cai bem sobre a minha cabeça, / Que já está cheia de cortes e hematomas!”

“Que esta chuva benfazeja / Apague de teus olhos tantas mágoas / E para este teu amigo que verseja / Carregue para longe em suas águas / Todas as amarguras, todo o mal / E lave a alma (e a lama) do país do carnaval”

“E eu, quieto aqui em meu apartamento, / Fico divagando sobre essa força da Natureza, / Nesse domingo que de repente ficou cinzento, / Mas estranhamente encharcado de beleza...”

“Encontrei, em um canto da sala, / Encolhida e tímida, uma crisálida, / Frágil, transparente e pálida, / Como se algo fosse quebrá-la.”

“E agora, já é tarde demais / Para reconstruir o que desabou, / Não serás minha nunca mais, / De nós dois, só a saudade ficou...”

“Quando perceberemos que a vida nos aguarda, / Escondida atrás de óculos escuros, / E porque não o procuramos, o amor tarda, / Resignado por trás de altos muros?”

“E agora, que a saudade bate forte, / Nessa hora em que Deus me tocou, / Colocando-me face a face com a morte, / Essa tristeza insiste em fazer parte do show, / E quando essa lágrima termina de rolar, / Eu me ajoelho e rezo pelo meu amor, / Cuja lembrança para sempre aqui jaz, / E me reconcilio com o Criador, /

Para que minha amada encontre a paz...”

“No meio da noite desperto, / E tento me levantar depressa, / Mais cego do que um morcego! / Percebo que estou descoberto, / E cercado por pernilongos à beça, / Que tiraram o meu sossego...”

“E no sonho, o anjo revelou-me segredos, / Sobre o Cosmos e a imensidão dos Universos, / E uma de suas penas deixou em meus dedos, / Pedindo que em troca eu lhe escrevesse alguns versos!”

“Ou talvez os polos da Terra se inclinem, / Provocando fantásticos maremotos, / Incêndios farão com que cidades se calcinem, / E metrópoles serão destruídas por terremotos.”

“Os passos do último dinossauro retumbam como um trovão, / Nos primevos pântanos pré-históricos. / O impacto de um improvável meteoro destruiu sua raça, / Deixando-o sozinho pela Terra, a vagar sem destino. /

Não mais ruidosas caçadas junto a suas fêmeas, / Nem pavorosas lutas com outros dinossauros, / A fazerem tremer a úmida e densa floresta.”

“Por isto, amigo que, ao passar pela rua, / De meu destino infeliz tivestes piedade, / Soltai-me, para eu poder brindar à Lua, / O maior dom que Deus me deu: Liberdade!”

“Vem, chuva refrescante, / Mas, quando te fores, clareia a minha mente, / Dá-me forças para seguir adiante, / Até que eu consiga amar novamente...”

“Encontrei uma ossada de um peixe arcano / Bem no meio das areias do Saara / Onde é que foi parar o oceano / Que um dia de lá se afastara?”

“O que fazer, quando seus filhos foram levados / Pela correnteza, e nunca mais voltaram, / Até descobrir que morreram afogados / Nessas águas, que suas histórias marcaram?”

“A magia voa pelos ares, explícita, / Na gaivota que afunda no mar, / Nas cores da Natureza, solícita, / No amor que ilumina o teu olhar...”

“Não chore pelos meus versos, / Pois são quase todos de mentira, / Nunca vaguei por outros Universos, / E nenhuma deusa me admira!”

“Há os amigos que chegam dando porrada, / Quando nos vêem envolvidos em uma briga, / Os que choram conosco até de madrugada, / Quando juntos perdemos alguma pessoa amiga.”

“E, de repente, que eu me veja em teus olhares, / Emerso de um buraco negro devastador, / E me deixes mergulhar em teus pulsares, / Para vivermos um lindo sonho de amor...”

“E assim, ao final de tudo, / Ficou em mim uma saudade, / Erguida como meu escudo, / Contra a dura realidade...”

“Poetas são grandes arquitetos aéreos / Sempre construindo castelos no ar / Feitos com imensos pilares etéreos / Moldados com a essência do sonhar”

“Em minhas veias, correm rios de Poesia, / Versos líquidos percorrem meu sangue, / Meu coração bombeia pura Fantasia, / Que dispara e volta como um bumerangue!”

“Every neuron in my brain shines, / Building grandiose factories of rhymes, / Every of my cells sings verses so divines / When sonnets are produced by my enzymes.”

“É um lugar encantado, esse bosque poético, / Onde os deuses do Olimpo abrigam suas filhas, / Junto com animais que jamais existiram, / Que um dia mostrarei para seu olhar magnético, / Que tanto se encantará entre essas maravilhas / E meus versos em línguas que nunca se ouviram...”

“São tantas musas que me perseguem / Por esses sonhos onde me perco! / Não deixo que seus encantos me ceguem, / Enquanto tento escapar de seu cerco...”

“Andei lendo Cecília Meireles, / E estou tentando aprender com as primaveras / A deixar-me cortar, para depois voltar inteiro. / Ainda não deu muito resultado: / Até o momento, colecionei alguns hematomas, / Vários cortes incuráveis (na pele e na alma), / Mas ainda não desisti! / Quem sabe, um dia dá certo?”

“Ao terminar aqueles lindos cantares, / O anjo abriu suas asas, e se elevou / Às nuvens, lenta e mansamente, /

Deixando um rastro branco pelos ares, / E já bem alto, de leve me acenou, / E se foi, junto com o Sol no poente...”

“Às vezes, a Poesia me chama / E mando dizer que não estou, / Pois nas brasas dessa chama, / Ainda sou o dono deste show. / Às vezes, ela está no comando, / Outras, quem comanda sou eu, / Pois quando estou versejando, / O próprio tempo já me esqueceu!”

“Algumas chaves abrem portas / Que jamais deveriam ser abertas, / Acordam lembranças que pareciam mortas, / E para sempre permanecem despertas...”

“Olhando para minha imagem no espelho / Percebo que as rugas que o tempo / Espalhou pelo meu rosto /

Não dizem nem metade das coisas / Do que as inúmeras cicatrizes / Que deixou em meu coração!”

“Estou de volta a meus dias taciturnos, / Tento dormir de novo, mas é tarde demais, / Pois só apareces em meus sonhos noturnos, / E fora deles, não consigo te ver nunca mais...”

“Um dia, uma hipotenusa / Apaixonou-se por dois catetos, / Iniciando um triângulo amoroso... / Mas ela logo ficou confusa, / Tendo pesadelos com quartetos, / Por ter começado esse jogo perigoso!”

“A coisa não anda fácil para ninguém! / Dia desses, a minha mulher se distraiu, / E inadvertidamente chamou-me de “meu bem”. / O gerente do banco estava perto e ouviu, / E por pouco não me toma de mim! /

Quase não escapo dessa sinuca sem fim, / E para sair dessa situação vexatória, / Fui obrigado a pedir moratória, / Pois como eu poderia ficar assim, / Vivendo o resto da minha vida sem mim?”

“Poetas não gostam de mesmice, / Mas sim de doidice! / Vivemos de paixões / E explosões, / Amor / E terror, / Beleza / E tristeza, / Sonhos / E versos tristonhos, / Lembranças / E esperanças, / Belezas / E tristezas, / Esperas / E quimeras, / Ilusão / E decepção / Saudade / E eternidade, / Alegria / E fantasia, /

Esplêndidas luas ; E amantes nuas, / Noites de sexo, / E espelhos sem reflexo, / Lindas musas / E mulheres confusas, / Beijos roubados / E poemas guardados, / Num mundo / Que muda em um segundo, / E uma nova emoção aflora / A cada hora... / Assim é a Poesia, / Que se renova todo dia!”

“Só posso então gentilmente lhe oferecer / Meu ombro para você desabafar e chorar, / Contar-lhe piadas para não enlouquecer, / Ficar ao seu lado para você não desabar!”

“Quando foi que deixei a Poesia / Arrastar-me para dentro de um barco / Carregado de sonhos e fantasia, / Cheio de flechas mas nenhum arco?”

“És a minha fada! / Serei eu o teu fado?”

“Minha mochila foi roubada, / E dentro estava o meu coração, / Envolto em poemas de amor, / Mas quem roubou logo o devolveu… / Tenho pena daquela moça perturbada, / Com sua enorme confusão / Por aqueles versos com tanto fervor / Daquele coração que nunca foi seu!”

“Um poeta tem um pé no céu, e outro no inferno, / Um no verão, e outro no inverno. / Costuma ser um iludido, um sonhador, / Sempre a fantasiar a paixão e o amor, / E a cantar a divina beleza / Da vida, dos sonhos, da Natureza.”

“Essa tristeza que disfarço / Não diz nem metade das coisas / Do que diz minha solidão”

“O poeta vive a divagar, / Devagar, / E de repente / Derrapa nas curvas / Turvas / Da mente.”

“Seres humanos são duais / Compartilham trevas e luz / Ódio e amor / Maldição e cruz / Bênçãos e terror /

Tristeza e alegria / Vingança e perdão / Concretismo e fantasia / Pena e condenação”

“E se amanhã eu me tornar triste, / E levar toda a sua alegria embora? / E se o bandido vier com a faca em riste, / Ou se o inverno chegar fora de hora?”

“Essas rimas que enfeitam meus versos / Também não são minhas, pois são sopradas / Pelos deuses da Poesia de mil Universos, / Para que as semeie por suas moradas...”

“’Então, dizei-me, ó poderosa esfinge, / Olhando para todo esse Universo desafiador, / Será que essa verdade afinal te atinge, / E confessas que o segredo da vida é o amor?’ / Atônita com as palavras do poeta inspirado, / A esfinge olhou-o como se não acreditasse / Ser tão simples o segredo que não havia encontrado, / E disfarçou a primeira lágrima que rolou em sua face!”

“Ressuscitaste a minha Poesia, / E em desejos me fizeste arder! / O que é afinal essa tua magia, / Que conseguiu de repente me reviver?”

“Não se preocupe, você que lê os meus versos, / Não sou eu quem sofre assim, / Não foram amores meus que se perderam, / Nunca viajei para outros Universos, / Dragões nunca se aproximaram de mim / E deusas meus poemas nunca leram!”

“Poetas são pessoas muito engraçadas, / Que vivem em um mundo quase profano, / No qual sonhos são artimanhas usadas, / Para passar de um para outro oceano!”

“Quando chega ao final essa estranha apoteose, / Em que um novo poema de meus dedos emerge, / Acordo em seguida dessa estranha hipnose, / Quando então a Poesia de novo submerge...”

“Minha loja tinha perfume de brisa, / E ficava onde o vento batia ponto… / Na fachada, o retrato de uma poetisa, / Cujo último verso jamais ficou pronto!”

“Essa súbita guinada para baixo / Que meus versos de repente fizeram / Não querem dizer que ando cabisbaixo / Por causa de amores que não me quiseram”

“Dia desses, estava em meu canto meio quieto, / E uma amiga me disse, acho que meio brincando, / Que me achava um poeta completo. / Respondi, meio sério, meio pensando, / Com o olhar perdido em sua boca meio carmim: / ‘Devo ser, a menos que alguém meio desavisado / Acaso tenha por aí encontrado / Um perdido pedaço de mim!’”

“Levanto-me até meio tonto, / Flutuando a um palmo do chão, / Tropeçando em minha pobre cachorra, / Peço perdão, e ela me dá um desconto, / Já sabendo que vou me fechar na masmorra / De minha fértil imaginação...”

“Você é meu poema predileto, / Aquele que recito todo dia, / Colhido no jardim secreto / Onde plantei minha Poesia...”

“E vamos levando a vida assim, / Nessa amizade que cresce todo dia, / E que espero perdure até o meu fim, /

Eternos amantes, eu e a Poesia...”

“Leve-me em seu coração, / Por onde quer que for, / Mesmo que não haja paixão /Ou nem mesmo amor… /

Eu só quero estar com você, / Em minha última fantasia, / De que importa quem nos vê, / Se você só existe em minha Poesia?”

“Mantenho bem guardadas / Em lugares remotos, / Coleções arquivadas. / E lá, deixei tuas fotos, / Lindas e perfumadas / Como flores de lótus...”

“Há mãos que assinam, / Outras que assassinam, / Mãos que afagam, / Outras que apagam, / Mãos que acariciam, / Outras que surrupiam, / Mãos que transcendem, / Outras que prendem, / Mãos que escrevem, /

Outras que se atrevem, / Mãos que tratam, / Outras que matam...”

“Não ultrapasse a marca / De dez cervejas por dia! / Bebida demais o encharca, / Embebedando-o de Poesia...”

“Li no jornal de domingo a notícia: / ‘Sujeito azarado preso no Zoológico, / porque queria acabar com a macaca’. / Ri tanto com esse texto cheio de malícia, / De puro ‘non sense’, onírico, / Que, sem querer, meti o pé na jaca!”

“O cientista analisa, / Com sua mente precisa, / Os mistérios da Ciência, / Com enorme paciência, / Em seu microscópio / Ou em seu telescópio, / Vê células quase invisíveis / Ou pesquisa galáxias inatingíveis,”

“Para mim sobraram apenas restos, / E lembranças que não cessam, / Só ficaram sentimentos funestos, / E tristezas que me engessam! / Sou o personagem sem glória, / Para quem só a tristeza resiste, / Aquele para quem restou a memória / De um amor que não mais existe...”

“Mas o poeta não entendeu / As intenções de sua musa, / Que nada queria de seu, / Ou de sua mente obtusa! /

Tudo que ela queria era sexo, / E o poeta só pensava numa rima, / E, cada vez mais perplexo, / Queria compor uma obra-prima!”

“Entre fogueiras escondidas em subterrâneos, / Serão lidos os versos dos escrevinhadores do futuro? / Poemas líricos trarão de volta sorrisos espontâneos, / Trarão de volta em meio ao horror o amor mais puro?”

“Tanta gente vive atrás / Da pregação tonta de algum pastor; / Eu, vivo dentro de um sonho de Paz, / Que nasceu de um conto de Amor...”

“O olhar do poeta decola e pousa / Sobre portas e janelas entreabertas, / Com sua fértil imaginação que ousa / Procurar respostas nas coisas incertas... / Que importa se seu coração sangra, / Se sua vida foi levada pelas águas? / O mar guarda sempre uma angra / Pronta para abrigar barcos e mágoas. / Nas asas de seu olhar transeunte, / O poeta verte suas penas e chora, / Sobre um triste verso que junte / As dores de amar e de ir embora.”

“Palavras podem mudar o mundo, / Depois de percorrê-lo em um segundo, / E tocarem fundo em milhões de pessoas, / Que acreditam que suas vidas são boas, / Mesmo sem nunca terem ajudado ninguém, / Vivendo sem sequer terem apoiado alguém, / Fechando-se como uma ostra inerme, / Pisando nos outros como um paquiderme, / Divertindo-se com algum reality show, / Mas nenhuma emoção jamais os tocou, / Jamais atravessou aquela carapaça / Erguida em volta de sua triste carcaça...”

“Um dia, alguém irá me perguntar: / ‘Poeta, defina-me o que é Poesia’. / E, exercitando o que sei fazer de melhor, / Pensativo, certamente irei retrucar, / Que a Poesia está ao nosso redor, / Espalhando pelo mundo sua magia, / Que só precisamos aprender a ver... / Poesia é sentir um suave arrepio / Quando o vento sussurra em nossos ouvidos / Contando-nos histórias que ouviu dizer, / Enquanto seguia a correnteza de um rio. / Poesia é ler aventuras de reinos esquecidos, / Cheios de fadas, grifos, unicórnios e leões, / E de um valente guerreiro lutando para viver / Ou perder-se de amor por uma linda princesa, / Enquanto persegue imensos dragões.”

“O amor é um sentimento esquisito, / De momentos divinos e profanos, / Podendo ser efêmero ou infinito, /

Naufragar na primeira tempestade, / Esconder-se no coração por anos, / Ou mudar de nome e virar saudade!”

“Encontrei um verso perdido, / Numa esquina em que Drummond andava, / Recolhi o triste verso, ali caído, /

Guardei-o e levei-o para a casa onde morava. / Tratei do pobre verso destruído, / E depois o encaixei em um lindo soneto, / E o agora orgulhoso verso esquecido / Foi incorporado em um belo minueto!”

“Achar rimas não é tão improvável, / Pode ser uma diversão bucólica, / Quando se achar uma rima notável /

Para uma palavra meio diabólica! / Até que chegue o último capítulo, / Vou seguindo nesse instável ofício, /

Irmanado com um estreito círculo / De pessoas que têm esse mesmo vício: / Escrever para esse público incrédulo, / Que acha que deviam estar no hospício!”

“’Onde moras?’, / Perguntou ao poeta a moça linda. / Ele respondeu, pensativo: / ‘Morei em todos os lugares, / Hoje moro em lugar nenhum! / Mudo de lugar como mudam as horas, / Mas não sei dizer onde moro ainda, / E não saberei enquanto for vivo! / Já andei por todos os continentes e mares, / Mas não achei meu lugar, em lugar algum.’”

“Ora, direis: ‘Fazer poesia, / Por certo, ficaste maluco, / Foste a um Baile da Fantasia, / Ou então já estás caduco...’”

“Os anos que me restam / Serão tocados pela Poesia, / Que tem me acompanhado / Nas coisas que ainda prestam, / E que me traz inspiração todo dia, / Sempre aqui ao meu lado...”

“E vamos navegando por essa estrada, / Para onde for que o vento nos leve, / Fazendo festa e amor até de madrugada, / Enquanto dura essa vida tão breve...”

“Como foi que me apaixonei por você, / Sem nem saber que um dia a encontraria? / Desse imenso amor, não entendo o porquê, / Mas dele nasceu toda a minha Poesia... / E ainda a maior de todas as perguntas, / Da qual um dia encontrarei a resposta: / Nossas almas estarão sempre juntas, / Depois que minha paixão foi exposta?”

“Em meus oceanos, ficam submersos, / Mas ascendem, quando o mundo gira, / Pelas noites ardentes, ficam dispersos / À procura de seus olhos cor de safira, / Que desafiam milhões de universos, / Escondidos no meio de minha lira!”

“Mas assim é a vida, ele sempre segue, / Zombando cruel de quem a renegue, / Por isto de ti não mais sinto saudade, / Agora sou feliz, não mais tua triste metade...”

“Reaja! / Não deixe levarem seu cão / Para o mato / Ou para a cova do leão, / A algum lugar abstrato / Onde não haja / Carinhos nem ração! / Não importa se a causa é legítima, / E se você sabe o porquê,/ Mas se hoje for ele a vítima, / Amanhã será você,”

“Pensando cá com meus botões, / Percebi que o milagre que chamamos vida / Não é uma estrada perdida, /

E não se resume a dois corações...”

“Relações nascem em bailes funk, / Loucas como esse ritmo estranho, / E morrem no fundo de um tanque, /

Afogadas por um cinismo sem tamanho!”

“Arquivei todas as dores do mundo / Dentro de meu sofrido violão / Embalei e guardei lá no fundo / Junto aos acordes de uma triste canção / Queria fazer o mesmo com as tristezas / Mas elas são por demais arredias /

Fazem questão de ficar sobre as mesas / Escancarando as suas faces sombrias”

“A gente se vê por aí, não tema, / Qualquer dia nos encontraremos numa festa, / E nesse dia, eu lhe mostrarei um novo poema, / Pois estar de mãos dadas com a Poesia é o que me resta!”

“Deixe-me agora ler a sua primeira questão! / Como assim? Parece-me que você perdeu o juízo, / Pois desta sua primeira pergunta, até Deus duvida! / Como é que você quer que a minha imaginação / Consiga conceber, mesmo que de modo impreciso, / A maior de todas as respostas: qual é o segredo da Vida?”

“Um agricultor sua colheita lavra, / Enquanto semeio em cada palavra, / Esperando com essa insana labuta / Encontrar em quem me escuta / Que seja tocado pelos versos de amor, / Que espantem o seu próprio horror, /

E por impulsos diversos,”

“Soprei ao vento uma semente de Poesia, / Que se espalhou, sublime, por todo o Universo, / Preenchendo de luz cada alma vazia, / Tocada pelo amor contido em cada verso! / E então, como se fossem mágicas crisálidas, / Todos os versos se transformaram em poéticas borboletas, / Que encheram os ares com suas formas e cores cálidas, / Espalhando o amor de Deus por todos os planetas!”

“Era uma vez um quadrado mágico. / Por certo um estranho quadrado, / Não porque fosse trágico, / Eram só 225 números, lado a lado, / Em uma mesma matriz, / Todos com uma só diretriz; / Sem vassoura, varinha ou condão, / E até sem feiticeira, / Mas com uma estranha repetição / De uma mágica soma inteira,”

“Todo solitário tem uma paixão secreta, / Que veio e partiu sem deixar endereço, / Deixando de herança essa dor indiscreta, / Da qual o coração partido é o preço!”

“São sempre quatorze versos, / Alguns doces, outros perversos, / Contando histórias de mil Universos. /

Começam com dois quartetos, / Terminam com dois tercetos, / Mas merecerão ser chamados sonetos?”

“Passo o tempo contando os minutos, / Esperando em vão até você voltar, / Pensando em alguns epítetos brutos, / Pois fico doente até você chegar... / Fico olhando essa maldita ampulheta, / Enquanto espero o Windows recarregar, / Pois não sei mais escrever com caneta, / Desde que o notebook tomou seu lugar!”

“Tenho tantas histórias / Para contar, mas não conto, / Pois delas jurei segredo / E a ninguém mais interessam.”

“Não tenho tempo a perder, / Pois a Poesia me atropela, / Contando-me histórias de derreter / A chuva que escorre pela janela... / Como arranjarei tempo para contar / Todas as histórias que me ocorrem, / De casais que não se cansam de amar, / Deixando lembranças que nunca morrem? / Como encontrar tempo para repassar / A história de um amor intergalático / Que um cometa veio me narrar, / Dando uma pausa em seu passeio errático?”

“As mulheres colocam enormes seios de silicone, / Para impressionar principalmente outras mulheres, / E mostrá-los em muitas selfies pelo seu telefone, / A regra mais simples é: mostre até o que não tiveres!”

“Compus para ti uma música em ritmo lento, / A ser tocada por uma orquestra mágica / Feita de sonhos e sentimento, / Com instrumentos de precisão cirúrgica / E até um raro violino Stradivarius. / Formatei o meu amor de uma forma tão clara, / Combinando tons extraordinários, / Dignos de uma paixão que é tão rara, / Criando até ritmos imaginários, / Que ninguém nunca sonhara, / Rimando sons tão contrários, / Que até a noite se encantara...”

“A solidão, desumana, / Engana, / Oprime, / Comprime, / Sufoca, / Provoca, / Assola, / Esfola, / Perverte, / Subverte, / Agride, / Colide, / Aperta, / Desperta, / Condena, / Envenena, / Violenta, / Atormenta, / Trucida, /

Revida, / Irrita, / Debilita, / Desfere, / Fere, / Desespera, / Exaspera, / Maltrata, / E às vezes mata...”

“Não me peça para definir Poesia, / Pois fiz isto de forma definitiva / Na primeira vez em que amei você...”

“Meus silêncios são rebeldes: / Sempre que tento falar com eles, / Transformam-se em Poesia...”

“Palavras são mágicas, / Trágicas, / Virulentas, / Sangrentas... / Palavras comentam, / Violentam, / Ferem, / Dardos desferem... / Palavras trucidam, / Suicidam, / Convertem, / Pervertem... / Palavras fomentam, / Acalentam, / Cutucam, / Machucam/ Palavras emergem, / Submergem, / Explicam, / Complicam... / Palavras elogiam, / Aliviam, / Deprimem, / Reprimem... / Palavras são válidas, / Cálidas, / Explosivas, / Quase vivas... / Palavras são sucintas, / Famintas, / Surgem, / Insurgem... / Palavras explodem, / Implodem, / Encantam, / Espantam... / Palavras segredam, / Degredam, / Demovem, / Comovem... / Palavras explicam, / Justificam, / Escorrem, / Morrem... / Palavras agridem, / Colidem, / Devastam, / Não bastam... / Palavras são ácidas, / Flácidas, / Teorizam, / Aterrorizam... / Palavras se vingam, / Xingam, / Murmuram, / Torturam... / Palavras versejam, / Desejam, / Maltratam, / E às vezes matam...”

“Tomei todos os vinhos de minha cave, / E agora meu coração não há quem desbrave, / Depois que desisti de meu ex-amor suave, / Por não encontrar nada que a deprave!”

“Subiremos ao ar mais rarefeito, / Veremos a noite encontrar-se com o dia / E os raios do Sol baterem em meu peito... / Iniciaremos então a última travessia, / E o nosso encontro terá sido perfeito, / Reunindo um anjo, um sonho e a Poesia...”

“Palavras sem rimas são solitárias, / Sempre buscando em vão companhia, / Tomando ônibus em tristes rodoviárias, / Fugindo de um câncer que crescia... / Em seus cérebros em vão procuram / Além de nuvens de chuva, vocábulos perversos, / Como víboras cujos venenos não duram, / Mas são órfãs, e não rimam seus versos, / Nunca ficam livres desse triste destino...”

“Na vida tudo muda / Até a surda-muda / Na vida tudo passa / Menos a uva-passa / A vida tudo quebra / Exceto o quebra-quebra / Da vida tudo quero / Exceto o quero-quero / A vida te deixa burro / Após cair num mata-burro”

“Resgate-me dessa cruel enrascada, / Dessa tristeza da qual nunca soubera, / Pois estou à solta no meio do nada, / Um ditongo perdido à sua espera!”

“Outros versos encontraram, nesse passeio pelos ares, / Cada um com um sonho parecido, / Pois queriam conhecer outros lugares, / E saciar algum desejo escondido... / E os versos foram se tornando revolucionários, / Cada um com sua lúdica fantasia, / E esse encontro de versos até então solitários / Cresceu, tomou corpo, e virou Poesia...”

“O vento não para / De me soprar Poesia / Que lindos versos ele prepara / Nessa noite tão fria / A vida mascara / O que você fantasia / De forma tão clara / Que você renuncia”

“Escrevo versos candentes, / De amores que nunca terminam, / Vivem de encontros incandescentes, / Onde os amantes se alucinam!”

“Teu violino toca suavemente / Tirando belos acordes / Na mística desse poente. / Como é linda essa música, / Mais do que um dia recordes. / Pelo céu espalhas a tua mágica, / Mesmo que não concordes, /

Mesmo que seja para mim somente...”

“Nas asas de meus sonhos voo / Um encarnado Ícaro flutuando no ar / E mesmo nas alturas não enjoo /

Pois a Poesia dá-me asas para voar”

“Contai-me, Senhor do Universo, / Algo que me aflige desde cedo: / Há mais segredos num verso, / Ou mais versos num segredo? / E antes que a morte me arrebate, / Contai-me a verdade, Senhor: / Há mais amor em um combate, / Ou mais combates no amor? / E em Vossa infinita grandeza, / Contai-me por favor a verdade: / Há mais saudade na tristeza, / Ou mais tristezas na saudade?”

Características

ISBN 9781720242079
Número de páginas 443
Edição 1 (2018)
Formato A5 (148x210)
Acabamento Brochura c/ orelha
Coloração Preto e branco
Tipo de papel Offset 75g
Idioma Português

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MARCOS AVELINO MARTINS

BIOGRAFIA

Engenheiro Eletricista pela Universidade de Brasília por formação, Analista de Sistemas por opção, poeta por destino, casado, 2 filhos e 1 neto, apreciador de boa música, cinema, literatura, HQs, seriados e amigos (não necessariamente nesta ordem).

Escreve desde os 17 anos, inicialmente letras de músicas, alguns contos avulsos, poemas esparsos, e de alguns anos para cá, com uma produção intensa, com mais de 140 livros publicados, todos eles pelo Clube de Autores e pela Amazon, exceto "Poeticamente teu", da Coleção Prosa e Verso 2019 da Prefeitura de Goiânia - GO.

LIVROS PUBLICADOS:

1. OS OCEANOS ENTRE NÓS

2. PÁSSARO APEDREJADO

3. CABRÁLIA

4. NUNCA TE VI, MAS NUNCA TE ESQUECI

5. SOB O OLHAR DE NETUNO

6. O TEMPO QUE SE FOI DE REPENTE

7. MEMÓRIAS DE UM FUTURO ESQUECIDO

8. ATÉ A ÚLTIMA GOTA DE SANGUE

9. EROTIQUE

10. ATÉ QUE A ÚLTIMA ESTRELA SE APAGUE

11. NÃO ME LEMBREI DE ESQUECER DE VOCÊ

12. EROTIQUE 2

13. A CHUVA QUE A NOITE NÃO VIU

14. A IMENSIDÃO DE SUA AUSÊNCIA

15. SIMÉTRICAS

16. AS VEREDAS ONDE O MEU OLHAR SE PERDEU

17. A MAGIA QUE SE DESFEZ NA NOITE

18. QUAL É O SEGREDO PARA VIVER SEM VOCÊ?

19. OS TRAÇOS DE VOCÊ

20. STRADIVARIUS

21. OS SEGREDOS QUE ESCONDES NO OLHAR

22. ATÉ SECAREM AS ÚLTIMAS LÁGRIMAS

23. EROTIQUE 3

24. OS POEMAS QUE JAMAIS ESCREVI

25. TUA AUSÊNCIA, QUE ME DÓI TANTO

26. OS DRAGÕES QUE NOS SEPARAM

27. O VENTO QUE NA JANELA SOPRAVA

28. EROTIQUE 4

29. A NOITE QUE NUNCA MAIS TERMINOU

30. AS HORAS QUE FALTAM PARA TE VER

31. OLYMPUS: LIVRO 1 – EROS (1ª PARTE)

32. OLYMPUS: LIVRO 1 – EROS (2ª PARTE)

33. NO AR RAREFEITO DAS MONTANHAS

34. VOCÊ SE FOI, MAS ESTÁ AQUI

35. O AMOR QUE SE FOI E NÃO VOLTOU

36. OS VÉUS DA NOITE

37. OLYMPUS: LIVRO II - ARES, ARTHEMIS, ATHENA, CHRONOS, HADES, MORPHEUS E POSEIDON

38. MADRUGADAS DE SEDUÇÃO

39. O LUAR QUE EM TEUS OLHOS HABITA

40. QUANDO SUA AUSÊNCIA ERA TUDO QUE HAVIA (contos e crônicas)

41. ESSA SAUDADE QUE NÃO QUER IR EMBORA

42. OLYMPUS: LIVRO I - EROS (3ª PARTE)

43. UM ÚLTIMO BEIJO EM PARIS

44. OLYMPUS: LIVRO III - APHRODITE, APOLLO, GAIA, HERA E ZEUS

45. DE QUAL SONHO MEU VOCÊ FUGIU?

46. O LABIRINTO NO FIM DO POEMA

47. CADÊ O AMOR QUE ESTAVA AQUI?

48. OS RIOS QUE FOGEM DO MAR

49. ÚLTIMOS VERSOS PARA UM PERDIDO AMOR

50. OLYMPUS: LIVRO IV - PANTHEON

51. AH, POESIA, O QUE FIZESTE?

52. UM VERSO SUICIDA

53. ELA SE FOI, E NEM DEIXOU MENSAGEM

54. A NAVE QUE TE LEVOU PARA LONGE

55. EROTIQUE 5

56. O LADO NEGRO DA POESIA

57. UM OLHAR VINDO DO INFINITO

58. APENAS UM CONTADOR DE HISTÓRIAS

59. RÉQUIEM PARA UM AMOR NAUFRAGADO

60. OLYMPUS: LIVRO V - THESSALIA

61. POETICAMENTE TEU (da Coleção Prosa e Verso 2019 da Prefeitura de Goiânia - GO)

62. AQUELA NOITE DO ADEUS

63. PASSOS QUE SE AFASTAM NA NOITE

64. FRAGMENTOS DE UM SONHO QUE PASSOU

65. OLYMPUS: LIVRO VI – PARTHENON

66. PASSAGEM PARA A SAUDADE

67. A PORTA DA SOLIDÃO

68. NUNCA MAIS TEUS BEIJOS

69. EROTIQUE 6

70. CIRANDA POÉTICA

71. AS HISTÓRIAS QUE NÃO TE CONTEI

72. A ÚLTIMA VEZ EM QUE TE AMEI

73. ESSA AUSÊNCIA QUE ME DEVORA

74. A NOITE IMENSA SEM ELA

75. OLYMPUS: LIVRO VII – ACROPOLIS

76. PORÕES E NAUFRÁGIOS

77. UM TROVADOR NO SÉCULO XXI

78. RESQUÍCIOS DE UM SORRISO TEU

79. CRONOS ENLOUQUECEU!

80. OLYMPUS: LIVRO VIII - MUSAS E MEDUSAS

81. SOMBRAS QUE RESTARAM DE NÓS

82. EROTIQUE 7

83. A CAIXA DE TINTAS DE DEUS

84. PONTES PARA LUGAR NENHUM

85. VELAS SOLTAS AOS VENTOS SOLARES

86. HISTÓRIAS QUE A NOITE NOS TRAZ

87. VESTÍGIOS DE UM FOGO QUE SE APAGOU

88. ARTÍFICE DE VERSOS

89. O TEMPO, ESSE CARRASCO

90. OLYMPUS: LIVRO IX - ESPARTA

91. ESSA SOMBRA EM TEU OLHAR

92. OS OLHOS MÁGICOS DA POESIA

93. VERSOS QUE JAMAIS ESQUECI

94. LÁGRIMAS PROSCRITAS

95. EROTIQUE 8

96. UMA HORA ANTES DO FIM

97. POR TRÁS DA MÁSCARA BRANCA

98. PER...VERSOS AO ANOITECER

99. SOB O OLHAR DE UM POETA

100. TODOS AQUELES VERSOS DE AMOR

101. ESTILHAÇOS DE POEMAS

102. OLYMPUS: LIVRO X - NINFAS

103. TODAS AS ESTAÇÕES DA ALMA

104. LEMBRANÇAS DE UM FUTURO DISTANTE

105. EROTIQUE 9

106. AO DOCE SOM DE UM BOLERO

107. NÁUFRAGOS NA NOITE SEM FIM

108. A FONTE DO LIRISMO

109. RETRATOS DO DESENCONTRO

110. OLYMPUS: LIVRO XI - CENTAUROS

111. MEMÓRIAS DE NUNCA

112. UM GRITO PRESO NA ALMA

113. NOS OLHOS DE UM POEMA

114. EROTIQUE 10

115. SOB O OLHAR DE UM POETA 2

116. EM ALGUMA OUTRA GALÁXIA

117. UM TORNIQUETE CHAMADO SAUDADE

118. AS LÁGRIMAS QUE NÃO SECARAM

119. VIAGEM AO FUNDO DO OLHAR

120. OLYMPUS: LIVRO XII - MARATHON

121. A QUESTÃO QUE NÃO SEI FORMULAR

122. MICRO UNI-VERSOS

123. AS LUAS QUE NO CÉU FLUTUAM

124. O DOCE UIVO DOS VENTOS

125. UM TORNIQUETE CHAMADO SAUDADE (VOL. 2)

126. O DESTINO NÃO MANDA MENSAGEM

127. EROTIQUE 11

128. UM ADEUS COM HORA MARCADA

129. UM SONHO DO QUAL EU NÃO QUIS ACORDAR

130. OLYMPUS: LIVRO XIII - TEBAS

131. O PEDAÇO DE MIM QUE ROUBARAM

132. PERDIDO NAS DOBRAS DO TEMPO

133. ESSA INDECIFRÁVEL SOLIDÃO

134. UM INSTANTE ANTES DE NUNCA

135. AQUELA PALAVRA CHAMADA ADEUS

136. EROTIQUE 12

137. DESCONSTRUINDO MUROS DE ILUSÃO

138. EXCETO A NOITE 139. DIRETO AO CORAÇÃO

140. A SOLIDÃO QUE NUNCA SE ACABA

141. UM ESPECTRO PERDIDO NA ESCURIDÃO

142. EROTIQUE 13

143. OLYMPUS: LIVRO XIV - ATENAS

144. HISTÓRIAS SURREAIS

145. SOB O OLHAR DE UM POETA 3

EDIÇÕES ESPECIAIS:

015. SIMÉTRICAS – 200 SONETOS (OU COISA PARECIDA) DE AMOR (OU COISA PARECIDA)

046. O LABIRINTO NO FIM DO POEMA (400 POEMAS PARA A JUVENTUDE)

056. O LADO NEGRO DA POESIA (150 POEMAS SOMBRIOS)

085. VELAS SOLTAS AOS VENTOS SOLARES (200 POEMAS ONDE O VENTO É PERSONAGEM)

099. SOB O OLHAR DE UM POETA (300 POEMAS SOBRE A POESIA - VOL. 1)

100. TODOS AQUELES VERSOS DE AMOR (400 POEMAS DE AMOR)

109. RETRATOS DO DESENCONTRO (200 POEMAS LONGOS SOBRE ENCONTROS E DESENCONTROS)

115. SOB O OLHAR DE UM POETA (300 POEMAS SOBRE A POESIA - VOL. 2)

117. UM TORNIQUETE CHAMADO SAUDADE (200 POEMAS SOBRE SAUDADE - VOL. 1)

122. MICRO UNI-VERSOS (250 POEMAS CURTOS)

125. UM TORNIQUETE CHAMADO SAUDADE (200 POEMAS SOBRE SAUDADE - VOL. 2)

125. UM TORNIQUETE CHAMADO SAUDADE VOL. 2

135. AQUELA PALAVRA CHAMADA ADEUS (150 POEMAS SOBRE DESPEDIDAS)

139. DIRETO AO CORAÇÃO (150 POEMAS EMOCIONANTES)

140. A SOLIDÃO QUE NUNCA SE ACABA (150 POEMAS SOBRE SOLIDÃO)

141. UM ESPECTRO PERDIDO NA ESCURIDÃO

142. EROTIQUE 13

143. OLYMPUS: LIVRO XIV - ATENAS

144. HISTÓRIAS SURREAIS

145. SOB O OLHAR DE UM POETA 3

SÉRIES:

OLYMPUS - 15 VOLUMES (CADA UM COM 300 POEMAS)

EROTIQUE - 13 VOLUMES (CADA UM COM 50 POEMAS SENSUALMENTE LÍRICOS)

Participante das antologias:

• “Declame para Drummond 2012” (2012), com o poema “Máscaras”;

• Antologia 2015 – Literatura Goyaz” (2015), com os poemas “Os oceanos entre nós” e “Morpheus”;

• “Desafio” (2016), com os poemas “Finito”,”De solidão e de sonhos” e “Olhar”;

• “Dez Poetas e Eu – Vol. 3” (2016), com os poemas “Átimo”, “Diário”, “Julgamento”, “Roleta russa”, “Buracos negros”, “Paronímia”, “As últimas gotas de orvalho”, “Repositório”, “Simplesmente você” e “Quando eu te conheci”; e

• “Raiz da Poesia” (2017), antologia internacional entre países de língua portuguesa, com os poemas “Os segredos que escondes no olhar”, “Borboleta”, “Autópsia”, “La nuit”, “O tio da suspeita”, “Aldebaran” e “Os sons do silêncio”.

• “1001 Poetas” (2022), da Câmara Brasileira de Livros, com o poema “Coração Azevedo”.

Página no site “Templo de Delfos”, relicário da Literatura:

http://www.elfikurten.com.br/2016/08/marcos-avelino-martins.html

Contato: cygnusinfo@gmail.com

Celular: (62) 99971-9306

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